domingo, 27 de janeiro de 2013


                                                           
 Dizem que o que não mata, engorda, mas quando o assunto é a legalidade, a lei que não "pega", entorta.


Todos percebem que uma lei que não pega é morta, mas o que poucos conseguem perceber é que se um sistema legal começa a abrigar a lei morta ele se entorta.  O sistema legal é o conjunto de leis que determinam a conduta (fazer e não fazer) das pessoas, é o balizador do direito. Quando ele passa a conter a lei morta, o direito perde suas balizas, e o que deveria ser o direito balizado passa a ser o erro instituído.

Embora exista um poder instituído, supostamente representante do povo, posto que eleito por ele, cuja função é criar as leis que determinarão o fazer e o não fazer de todo este povo, não é incomum verificar o descolamento dos representantes dos anseios e necessidades dos supostamente representados.

Prova disso é o fato de, por vezes, as necessidades e anseios populares precisarem ser defendidos de forma direta, por leis de iniciativa popular, das quais a LEI DA FICHA LIMPA ou  LC nº. 135/2010, cujo principal objetivo era o aumento da idoneidade dos candidatos, é a principal representante.

Embora a Lei da Ficha Limpa seja um marco no nosso sistema legal e seja de extrema importância como um primeiro passo para a moralização do nosso sistema político, a lei em si tem menor importância do que a ideia por trás dela, a ideologia que a motivou: TODOS os que se arvorem de representar o povo precisam comprovar serem pessoas idôneas, terem reputação ilibada e NUNCA terem agido contra o decoro parlamentar, mesmo antes de serem parlamentares.

Dito isso, cabe um questionamento sério: que moral teria junto ao povo uma casa legislativa, formada por quem deveria representar esse mesmo povo, cujo próprio presidente, que seria o representante maior dessa casa, não tivesse a ficha limpa?

Como diz uma máxima da democracia: à mulher de Cézar não basta ser honesta, é preciso parecer honesta. Mas a "honestidade" está em atender a todos os princípios legais, e não atende à legalidade da Ficha Limpa um presidente que tenha tido o mandato cassado, ou tenha renunciado para evitar a cassação ou tenha sido condenado por decisão de órgão colegiado (com mais de um juiz), mesmo que ainda exista a possibilidade de recursos.

Reputação ilibada é nunca ter apresentado notas fiscais falsificadas para comprovar patrimônio incompatível com a renda, é nunca ter recebido dinheiro em troca de favorecimento político, tendo ou não concretizado o favorecimento (Corrupção é receber para favorecer, e não concretizar o favorecimento).

Por estes e por outros motivos é que a sociedade não pode, não quer e não vai se calar frente à tentativa do próprio poder que legisla em tornar morta uma lei nascida por iniciativa popular, surgida de uma necessidade social e motivada pela premente e necessária moralização do sistema político do nosso país: a lei que tenta assegurar a idoneidade dos homens públicos no Brasil, que não pode continuar a ser o país do futuro nem do jeitinho brasileiro.

Não permitam que matem a lei, para que essa morte não entorte mais o nosso sistema legal, que visa aprimorar nosso sistema político e social! Nós, o povo, contamos com vocês para nos representar de fato (não só de direito) e não permitir que as casas do povo (Câmara e Senado) sejam comandadas pela ficha suja dos políticos da velha política: oligárquica, coronelista, carcomida, corrompida, que legisla em benefício próprio e contra os que ela deveria representar!


Leia também:
Movimentos anticorrupção vão lavar rampa do Congresso contra Renan:

http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2013/01/26/movimentos-anticorrupcao-vao-lavar-rampa-do-congresso-contra-renan-483986.asp

------ FIM ------


Considerando que podemos combater o bom combate buscando paz e a igualdade através da solidariedade, da conscientização política, do controle social da política e dos gastos públicos, do combate à corrupção, da orientação da economia para a sustentabilidade, da distribuição de renda e da educação integral do ser humano, seguem links para textos que podem ajudar nesse bom combate:

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

                                                                                                    

"Deus não se discute, se ama! E ele já demonstrou (em todas as religiões) que a ÚNICA forma de amá-lo é externando nosso amor pelo próximo (qualquer que seja sua religião)." (Farccions Al'Camir)


Fonte: Blogs EdReneKivitz, PavaBlog, Divulgue Geral e Associação de divulgação da Doutrina Espírita, visitados em 18/01/2013. Endereços:

Independente da religião de cada um, com certeza há que se reconhecer a lucidez desse nobre Pastor da Igreja Batista.
O texto abaixo, de um Pastor Evangélico, refere-se ao episódio envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com deficiência cerebral, para entregar ovos de Páscoa.

Uma parte dos atletas, dentre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusaram a entrar na entidade, e preferiu ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação de que eram evangélicos e não entrariam num local fundado e dirigido por Espíritas.


 No Brasil, futebol é religião.
Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.

  

Os meninos da Vila pisaram na bola (isso em 2010), mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica na superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
 
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e de cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra a prática do homossexualismo, ou mesmo, se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Alá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir, enquanto outros, e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio, através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproximam os diferentes, fazem com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina – ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e a miséria de uma paralisia mental.


------ FIM ------


Considerando que podemos combater o bom combate buscando paz e a igualdade através da solidariedade, da conscientização política, do controle social da política e dos gastos públicos, do combate à corrupção, da orientação da economia para a sustentabilidade, da distribuição de renda e da educação integral do ser humano, seguem links para textos que podem ajudar nesse bom combate:

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