sexta-feira, 6 de julho de 2012

Fazer melhor e pior ao mesmo tempo!


                                            
O desenvolvimento sustentável é uma necessidade mundial. As necessidades mundiais são a soma das nacionais. Para contribuir com o desenvolvimento sustentável do mundo precisamos começar pelo nosso.
Segundo o professor Ricardo [Abramovay][1], no tocante ao desenvolvimento sustentável:
O maior desafio da governança contemporânea, é fazer mais e menos, ao mesmo tempo.
É imensa a pressão de novos consumidores sobre os ecossistemas, apesar do avanço científico e das inovações tecnológicas terem permitido fazer mais com menos. Contudo, por mais se intensifique a inovação, ela não será capaz de compensar os efeitos do crescimento econômico acelerado porque os ganhos de eficiência são contrabalançados pelo incremento no consumo e na produção.
Não há governança do desenvolvimento sustentável sem atacar as desigualdades, não só de renda, mas do uso de recursos naturais cada vez mais escassos, e cuja exaustão ameaça a própria vida social.
Segundo ele, precisamos fazer MAIS (EDUCAÇÃO, saneamento, acesso à água e energias modernas) e também fazer MENOS (emissões; carros; CONSUMO de produtos, materiais e água; alimentos não saudáveis), mas a governança atual, que até tem aprendido a fazer MAIS, ainda não aprendeu a fazer MENOS.
Não obstante a concordância com o argumento defendido pelo professor seja inelutável, acredito que, sob outra perspectiva, talvez a governança ainda não tenha aprendido a fazer menos porque  NÓS ainda não aprendemos a fazer melhor e pior ao mesmo tempo. Precisamos fazer MELHOR a governança (governo) assim como precisamos fazer PIOR a falta de envolvimento político.
Precisamos fazer MELHOR (POLÍTICA, EDUCAÇÃO, ciência, saúde, segurança) e PIOR (POLITICAGEM, idolatria ao futebol ou religiosa, falta de valores). No Brasil fazemos, talvez bem demais (daí a necessidade de fazer pior), a politicagem; a idolatria ao futebol, ao carnaval ou a uma religião (sempre intolerante e dona da verdade absoluta em detrimento das demais religiões).

Para conseguir fazer o MAIS e MENOS o principal investimento, por basilar aos demais é a EDUCAÇÃO!
Para conseguirmos fazer o MELHOR e PIOR o principal investimento, por basilar aos demais é a POLÍTICA!
Se na economia temos vivido, desde a revolução industrial, a ditadura do consumo, na política estamos vivendo, desde a retomada da nossa jovem democracia, a ditadura da corrupção, fato comprovado pelo crescente número de escândalos de corrupção que tem assolado nosso país.
Tal corrupção parece não depender mais de corrente ideológica política, de raça, de credo religioso, de idade ou até de partido e é fruto de uma generalizada falta de politização da população. Essa despolitização é explicada, em alguma parte, pelo longo período de ditadura militar que desfavorecia à tortura as iniciativas políticas.
Mas é importante lembrar que o império da corrupção termina onde começa o império da punição.
Tão importante quanto fazer MAIS e MENOS é fazer também MELHOR e PIOR ao mesmo tempo.
Há que se notar que algumas ações frutificam não só no mais e menos quando no melhor e pior, mas a principal delas é a educação.
Só a EDUCAÇÃO (mais e melhor) pode tornar o Brasil um país desenvolvido, com qualidade de vida para todos nós!
E não adianta querer um país melhor PARA MIM, porque enquanto ele não for melhor PARA NÓS, ele não será melhor PARA NINGUÉM!

Por isso defendo algumas ações que podem começar a surtir efeito para uma MUDANÇA NECESSÁRIA e são elas:

1) que nos mobilizemos para uma efetiva melhoria dos investimentos em educação integral: desde a educação de base até a superior, passando pela profissionalizante, nos moldes do que fez o Japão: com extrema vinculação e aproximação da escola com as indústrias;
2) que as pessoas se interessem mais por política: não pela politicagem praticada nos moldes de hoje. Que escolham as pessoas íntegras e honestas (existem alguns exemplos como o Reguffe-DF, Carlos Sampaio-SP) e que se não encontrarem bons candidatos, que mais pessoas íntegras se candidatem para fazer a diferença;
3) que as pessoas acompanhem mais de perto seus candidatos eleitos: e cobrem deles ações efetivas em prol do que acreditam. Hoje, com um click do mouse você consegue acompanhar seu representante “como nunca antes na história desse país”; [Projeto EXCELENCIAS][2]
4) que cobremos voto aberto e nominal para todas as votações parlamentares: o representante deve absoluta transparência a quem ele representa. O controle dos eleitores é imprescindível para que os políticos se mantenham fiéis aos seus representados e tal controle só se dá quando o eleitor tem acesso a TODAS as posições e votações dos que o representam;
5) que nos mobilizemos pela “PENA DE MORTE POLÍTICA”: SE CORRUPTO, NUNCA MAIS SERÁ ELEGÍVEL. Atualmente a punição de suspenção de direitos políticos é de 8 anos, mas sendo a CORRUPÇÃO UM CRIME MAIS QUE HEDIONDO porque mata o mais necessitado, aquele que mais precisa do amparo do estado, tal punição deveria ser de no mínimo 20 a 30 anos!
As redes sociais são a Vanguarda de uma Nova Política. Encurtam distâncias entre os que pensam, os que agem, os que são!
Mobilizemo-nos então para MAIS e MELHOR: EDUCAÇÃO e POLÍTICA!


[2] Projeto excelências do Portal da Transparência: http://www.excelencias.org.br/





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